15 de nov. de 2012

Somos como cabras e espinafres


"Ninguém pode ser obrigado a gostar de espinafre, e um homem
pode até ter uma relação estável com uma cabra, mas não tem o 
direito de se casar com ela".

"O casamento , por lei, é união entre um homem e uma mulher; não
se pode ser outra coisa. Pessoas do mesmo sexo podem apresentar-se
na sociedade como casados, celebrar bodas em público e manter uma
vida matrimonial. Mas a sua ligação não é um casamento — não gera
filhos, nem uma família, nem laços de parentesco. Há outros limites
bem óbvios.
Um homem também não pode se casar como uma cabra, por exemplo:
pode até ter uma relação estável com ela, mas não pode casar.

Artigo publicado 14 de novembro de 2012 na revista Veja

 Visão do autor do artigo

Embora eu ter concordado em "partes" do artigo,
lógico não com esse trecho o autor que não citarei o
nome, foi infeliz ao comparar nós homossexuais antes de tudo
seres humanos como ele mesmo deixa claro com animais e
vegetais.
Dizer que ninguém é obrigado a gostar de espinafre foi um exemplo
covarde ao deixar subtendido que ninguém é obrigado a gostar de gay.
Ninguém é obrigado mesmo não!  Mais essa facilidade não existe!
Se não gostassem, mas respeitassem estava bom; ponto final ao que se
diz a respeito de preconceito. Tendo respeito o termo "homofobia" se disolveria,
pois o preconceito não existiria e as questões mencionadas por ele como a
pg (parada gay) e as leis de "favoritismo" a nosso favor perderia suas necessidades.
Pergunto para esse autor caso um dia "sem querer" ele encontre esse blog, quantas
pessoas ele já viu apanhar ou perder a vida por gostar de espinafre?
Se ele já viu alguém se expulso de casa pelos pais por gostar de espinafre?
Então, como uma situação delicada e complexa dos dias atuais pode ser "ameni-
zada" com uma frase ridícula dessas?
O que me deixa desanimada, é os meios de comunicações disponibilizarem três
páginas de uma revista,  a quem não tem nada a dizer. E esse blog passar seu quarto
ano no anonimato.
  
 Comparar o casamento gay que inclui dois seres humanos: homem com homem
e mulher com mulher; dois seres da mesma espécie com o de um homem querer casar
com uma cabra foi de extremo absurdo! Para um autor que gosta tanto de números e
dados estatísticos como o mesmo faz questão de expor em seus artigos, gostaria que
criasse um gráfico com base na seguinte pergunta:

Quantos homens ele conhece que querem casar com uma cabra?

Já eu conheço pessoas inclusive eu que sofrem por não ter o direito de realizar
o sonho do casamento com seus respectivos parceiros. Metade de uma população
não vêem seus filhos(a), sobrinhos(a), netos(a) e demais parentes irem ao altar por culpa
de uma lei inflexível e pessoas que a aplaudem e assinam embaixo.

   
    Dou todo o direito de resposta ao autor e digo aqui que não
estou o acusando de nada. Como ele está sobe a lei de liberdade
de expressão, digo ao mesmo que também estou. Compro a revista
e tenho o direito de discordar com o que leio. Coloquei meu ponto de vista de forma sadia e sensata, não envolvendo em momento algum xingamentos e difamação a sua imagem.


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