20 de dez. de 2011

Intolerância: Engolindo a seco o preconceito



Sempre quando vi casos de pessoas sendo
agredidas, vitimas de piadinhas, perseguido
pela sua orientação sexual na televisão
eu pensava que era porque não soube disfarçar.
Nunca dei crédito de achar que realmente eles foram
vítimas, que sim mexeram porque a sociedade é
cruel, sai batendo mesmo. 
Sempre me perguntei como alguém sai da sua
mesa em um restaurante (Veja bem em um local
público) para ir até a mesa de um casal de meninas
para tirar satisfação, e no lugar (Sim no próprio
restaurante) criar confusão.
E adivinha as meninas que tiveram que sair. (Como pode
uma coisa dessas?)
A questão é que propagandas, colocar mais homossexual nas
novelas, não vão tirar o ódio de uma sociedade retrograda.
(Enganam-se que colocando artistas que eles sabem que
são hétero, para fazer papel de viado e sapatão vai fazer mudar
a triste situação pela qual nos encontramos)
Eles não querem aceitar e pronto! Se eles quisessem acho que
teriam sim, parado de nos tratar como anormais. E não venham alguns
homossexual políticos (Nada contra) vir amenizar alegando que ainda é
por falta de informação que é mentira.
Hoje em dia se tem informação para tudo meus queridos. Tem uma 
blogosfera imensa com  cartilhas, textos, imagens, livros, que
podem sim tirar todo tipo de duvida.
A questão é que não me sinto segura com o '' brilhante '' Disk 100
ligar depois de uma surra? Vai que depois seja tarde demais?
Acho que uns 85% da população hétero não tem medo de fazer
o que fazem contra nós homossexuais, por não levar a sério esse
tipo de '' escolta '' do governo. Eles pensam assim: '' A tanto
bandido para prenderem, a policia vai perder tempo de
defender viado nada! ''  Realmente crime contra
nós não tem peso. Paga uma cesta básica e você filhote
de Hitler está solto em menos de 48 hs.
Tinha que ser uma lei igual racismo: inafiançável.
Mas cadê o bom senso? Querem mais é que vidas
de inocente vá embora por conta que pessoas
retardadas (Que desconhece a norma do livre
arbitro)  acham errado qualquer forma de amor
diferente da deles.
Achamos que nunca vai acontecer com a gente
hoje sai (Com minha vampira, sim! Chamo
ela assim)  para comprar algumas coisas aqui no bairro
e depois fomos a uma praça para bebermos, conversar,
namorar um pouco. Tudo estava as mil maravilhas até
que sem querer eu fiquei brincando (Veja bem, antes
de falar que eu estou errada: brincando) de achar
graça das pessoas que estavam passando na rua.
Isso achando graça, mas não para as pessoas
perceberem.. rindo para a vampira.
Até que passou um homem e antes dele
passar eu vi um outro cara e brinquei.
Esse homem que veio logo em seguida, pensou
que era para ele a piada e ficou bravo, começou a
reclamar, entrou para quadra com o filho só que
falando que a gente estava de gracinha com a cara dele.
Tudo bem direito dele. Eu fiquei meio aflito, e disse
para a minha companheira que tinha mandado mal,
pois esse homem ouviu e ia ficar nos enchendo o saco..
Ele na quadra e nós do lado de fora sentadas no banco
da praça (Detalhe ele estava meio longe)  eu fiquei
trocando carinhos como estávamos antes dele
chegar. 
Só que ele não satisfeito chegou da grade e mandou o
seguinte argumento: '' Ô vocês ai, qual foi? Vão se
beijar arrumem outro lugar. Vão para outro lugar reservado
estou com meu filho de 6 anos aqui, e eu não sou obrigado a
deixar ele ver essa pouca vergonha.  
E mais ele ainda quis reagir com (Aqui é uma praça) mais
me ajuda, se é uma praça é para todos certo?
Então porque eu tenho que ir embora para ele ficar? Rua
não é a casa dele, mas como esses homens só agem na
covardia tive que aguentar calado.
Olha a frase de efeito que ele usou: '' Se vocês querem
respeito da sociedade, vocês tem que se dar o respeito também.
Nada haver, respeito da sociedade é ele tratar a gente como
pessoas normais e não pedir para nos retirarmos.
Para viver em gaiola, não preciso de mais nada! Luto
pelos meus direitos. O filho dele de 6 anos pode 
saber sobre sexo, punheta, mamar peitinho, mas
não poder saber aceitar as diferenças.  
Não porque o pai dele só falava pornografia
para as meninas que passavam.  
Não adianta dizer que vão implantar o novo
modelo de família nos novos livros didáticos se
não se tem coragem.  Presidente Dilma
esperei mais da senhora. 
O governo faz uma praça (Que no caso é
para todos) e a sociedade diz que só 
entra hétero onde já se viu isso?
Antes de passar por essa situação eu não
tinha a noção que para sofrer preconceito
era um espirro.  Fiquei abalada, pois
a sensação é que nós somos (As aber-
rações) que estamos cometendo o 
maior dos pecados, que somos impuros,
que temos que sumir da fase da terra.
Minhas mãos ficaram atadas, brigar pela
legitima defesa é bom na teoria; na
prática a gente fica sem palavras enfiando
nossa violinha no saco.  Não sabemos
a reação do outro e só de sair vivo em um
mundo violento desse para mim é uma vitória.

Desse dia tirei a seguinte conclusão: quietos
somos abusados, brincando somos uma barrinha
cheia de experiencia de abusados. Como se fosse
um assassino matando alguém e ele pedisse para
o assassino matar em outro lugar, que o filho dele
de 6 anos está ali e não pode ver isso. (Fato)



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